Mesas de tênis demesa serão usadas pelos estudantes que, antes disso, não tinham nem quadra para práticas esportivas.
Estudantes agora têm espaço de lazer Foto Fábio Marcelo Vás Arquivo pessoal |
Alunos da Escola Estadual do Campo Pedro Borges, na zona rural de Colniza, a 1065 km da capital, construíram 10 mesas para tênis de mesa para a escola, com doações de materiais que seriam descartados.
As mesas de tênis serão usadas pelos estudantes que, antes disso, não tinham nem quadra para práticas esportivas.
A ideia partiu do professor de educação física Fábio Marcelo Vás, que também é diretor da escola.
Entre outras dificuldades, a falta de espaço de lazer para a prática de atividade física e de esporte nas instituições era outro problema da escola. Os espaços, segundo o educador, são importantes para as crianças desenvolverem o lado físico, social e mental.
O diretor então desenvolveu o projeto "Tênis de Mesa na Escola", uma parceria entre a escola e o comércio local, que doou compensados que seriam descartados para a confecção das mesas.
Já a tinta, rede, raquetes e bolas para deixar as mesas prontas para uso, foram compradas com a ajuda do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar.
“Com isso, o projeto estava pronto. Só faltava colocar a mão na massa e convidar os alunos para poder fazer parte do projeto. Nós conversamos com os alunos, explanamos toda a situação e na hora, sem tripudiar, todos toparam a ideia. Ajudando na fabricação, acredito que os alunos valorizam ainda mais o equipamento, são mais cuidadosos e descobrem que se trata de um bem coletivo”, disse o diretor.
Ele conta ainda que algumas das comunidades dessas crianças nunca nem tinham ouvido falar em tênis de mesa e muito menos sabiam o que eram. Hoje, apenas uma mesa por escola já está sendo pouco: todos querem jogar e participar.
Desde março, quando iniciou o projeto, já foram confeccionadas 10 mesas e o diretor conta que a meta é até o fim de 2020 serem fabricadas outras 20.
O tênis de mesa, popularmente conhecido como pingue-pongue, além de ser um esporte olímpico muito praticado, é interdisciplinar, desenvolvendo o cognitivo e o raciocínio.
De acordo com Fábio, com isso a criança pode socializar, praticar atividade física e até melhorar em matemática e em interpretação de textos, por exemplo.
Ele conta ainda os alunos terão também a oportunidade de conhecer outros colegas de outras escolas pois eles pretendem realizar torneios e campeonatos da modalidade já no começo do próximo ano.
“Isso que é o mais importante, acima de tudo o bem estar do aluno, estamos aqui para trabalhar para o aluno. Estou emocionado porque é um sonho que realizamos na nossa comunidade e é muito bom fazer parte. Sou apenas um no meio de toda uma galera que está ajudando a fazer isso acontecer”, declara o professor.
PÁGINA INICIAL
PÁGINA INICIAL
Comentários
Postar um comentário