Hugo Calderano - Brasil - Foto: ITTF |
Hugo Calderano passou de promessa a realidade no tênis de mesa em pouco tempo. Aos 22 anos, o mesatenista completou um ano no top 10 do ranking dos melhores do mundo e ainda se espera muito mais dele, devido aos excelentes resultados em sua carreira até o momento.
Em entrevista ao surto olímpico, Hugo falou das expectativas que se tem sobre ele, da esperança de conseguir alavancar o tênis de mesa no país e as chances de medalha em Tóquio 2020. Confira:
- Da última vez que conversamos (Brasil Open 2017) para o momento atual, o que mudou no seu jogo para um crescimento tão significativo? E o que mudou na sua vida alcançando um posto tão elevado?
Foram dois anos de muito treino, enfrentando regularmente os melhores jogadores do mundo na Bundesliga e no circuito. Melhorei tecnicamente e ganhei mais experiência.
- Há um ano você tem se mantido no top 10 do ranking mundial. O que isso representa para você?
Estar no Top 10 do ranking é algo que muitos jogadores têm o objetivo de alcançar. Fico muito feliz por estar jogando em um nível tão alto com uma certa regularidade, mas sei que ainda é só o começo e ainda tenho muito a melhorar.
- Atualmente, dos que estão acima de você no ranking, existe apenas um mesatenista que você ainda não venceu (Xu Xin). Isso é um indicativo de que é possível subir ainda mais? Tem algum objetivo de colocação de ranking para 2019?
Não me coloco nenhum limite e sei que posso vencer qualquer jogador do mundo agora. Conheço o meu potencial, mas sei que vai ser cada vez mais difícil evoluir e que cada detalhe fará a diferença nesse nível. O meu principal objetivo em relação ao ranking é me manter em uma boa colocação, que possa favorecer meu chaveamento no Campeonato Mundial e em Tóquio 2020.
- Você participou dos Jogos olímpicos pela primeira vez em 2016 e já igualou o melhor resultado de um brasileiro. O que você levou de aprendizado de lá para sua carreira em um modo geral?
Foi uma experiência sensacional. Eu sempre tive muita confiança na minha força mental. Foi muito importante conseguir jogar em meu melhor nível nas Olimpíadas, e principalmente usar toda a pressão ao meu favor.
- Como vai ser sua preparação para 2019 e que competições serão as mais importantes para você no ano?
Sigo minha preparação em Ochsenhausen (cidade do time que Hugo representa na bundesliga de tênis de mesa, o TTF Liebherr). As principais competições do ano pra mim são o Mundial Individual em abril e os Jogos Pan-Americanos em agosto.
- Qual a sua expectativa para o Pan-americano de Lima, onde o Brasil sempre conquistou muitas medalhas no tênis de mesa?
Em Toronto 2015, estreei em Jogos Pan-Americanos com duas medalhas de ouro. A minha expectativa é repetir esse desempenho em Lima.
- Como você lida com o status de ser o principal nome do tênis de mesa brasileiro? Acredita que suas atuações tem impulsionado outros mesatenistas brasileiros nas competições?
Eu tenho o sonho de ver o tênis de mesa ganhar mais popularidade no Brasil. Tenho visto um movimento maior de escolinhas e projetos de tênis de mesa no Brasil. Espero que em breve isso se reflita também em melhores resultados no tênis de mesa nacional.
- Tem algum momento de sua carreira até o momento que você considera mais especial?
Tive alguns momentos muito especiais na minha carreira: A medalha nos Jogos Olímpicos da Juventude, trazer a medalha de ouro individual nos Jogos Pan-Americanos para o Brasil depois de vinte anos... Mas chegar às oitavas de final disputando a minha primeira Olimpíada na minha cidade foi sem dúvida o momento mais especial.
- Quais são suas expectativas para Tóquio? Com uma competição com menos chineses é possível sonhar com uma medalha?
Estou me preparando pra chegar nos jogos de Tóquio em condições de brigar por uma medalha. Claro que não é fácil, mas esse é meu objetivo.
- Aproveitando a moda do #10yearschallenge: Em 2009, quando você ganhou o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta escolar, imaginava que 10 anos depois você estaria entre os 10 melhores mesatenistas do mundo?
Eu tinha planos de ser um atleta profissional e estar entre os melhores do mundo, mas não imaginava que isso fosse acontecer tão cedo na minha carreira.
- Deixe um recado para os leitores do surto olímpico, o espaço é seu
O esporte brasileiro tem potencial para crescer, inspirar crianças e jovens a terem hábitos saudáveis e dar muitas alegrias pro nosso país.
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