Edson chegou ao Brasil em 2015. No início de 2017, descobriu o amor pelo esporte, até então desconhecido, e agora sonha em ser atleta.
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O refugiado haitiano, Edson Jean François, de 15 anos, conheceu no Brasil o tênis de mesa. As dificuldades para praticar o esporte, até então desconhecido para ele, inspiraram a criação de um projeto social para crianças carentes em Cascavel, no oeste do Paraná.
Sem mesa, sem raquete, sem bolinha e sem dinheiro para comprar o que precisava, Edson acabou montando um centro de treinamento improvisado na garagem de casa.
Usando uma mesa velha de escritório e chinelos ou cadernos como raquetes conseguiu o que queria.
A primeira vez que teve contato com o tênis de mesa foi no colégio, onde fazia o novo ano do ensino fundamental.
“Não conhecia esse esporte e nem sabia nem o nome também”, conta.
Sem ninguém com quem jogar, o adversário era a parede. “Tinha que bater com força, se não batia na rede e acabava perdendo”, lembra.
A história e a determinação do adolescente chamaram a atenção do professor Edson Gavazzoni.
“Achei muito surreal, porque foge do comum. É quem deseja realmente fazer alguma coisa e não se acomoda com o fato de não ter as coisas”, aponta.
Foi esta vontade do garoto e de outros colegas haitianos que levaram o professor a montar o projeto social para que os meninos tivessem um local para aprender e treinar.
A comunidade se uniu, doou as tábuas para que as mesas fossem construídas e ajudou na compra de outros materiais.
“Essa integração desses meninos é um ponto de referência para a gente acreditar que e a comunidade pode fazer a diferença”, incentiva o professor.
Atualmente, mais de dez meninos participam do projeto. Em 2018, novas turmas devem ser abertas.
“Comecei a fazer novas experiências, ter novos amigos, aprendi uma língua nova. Estou muito feliz”, destaca o haitiano, que sonha ser atleta de tênis de mesa.
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Fonte: G1 Oeste e Sudoeste
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