Betinho um ícone e uma lenda do Tênis de Mesa

Betinho mostra orgulhoso os diversos troféus conquistados nos 70 anos dedicados ao esporte.


No auge dos seus 82 anos, Alberto Kurdoglian, o Betinho, soma bem mais do que títulos internacionais, troféus e medalhas. Ele é um dos mesatenistas mais importantes do país. Na década de 50, ao lado de Pelé e Tostão, foi considerado um dos atletas mais influentes daquela geração. Para quem duvidar, ele faz questão de mostrar o recorte de jornal, já bem gasto, que ainda guarda no álbum de fotos. Era considerado um ‘terror’ para os mesatenistas japoneses. 

Morador do centro de Franca, Betinho não esconde o sorriso ao se recordar de cada detalhe dos 70 anos dedicados ao tênis de mesa. Em sua casa tem um cantinho especial para guardar os mais de 100 troféus, 200 medalhas e, claro, muita história para contar. A última medalha foi conquistada no mês passado no Jori (Jogos Regionais do Idoso) em Sertãozinho ao vencer o adversário 12 anos mais jovem.

Betinho iniciou no esporte em 1947, aos 12 anos. O primeiro contato foi com o ping-pong. Depois de três títulos seguidos em pequenas competições, o jovem atleta se mudou para São Paulo com a família e lá conheceu o tênis de mesa. “Em três anos jogando ping-pong venci algumas pequenas competições. Mas uma vez alguém me disse que eu poderia jogar ping-pong a vida toda e não seria campeão de nada porque não tinha nenhuma competição grande nessa modalidade. Se eu quisesse ser campeão de verdade tinha que começar a jogar tênis de mesa que naquela época já era um esporte mundial.” Betinho ouviu o conselho. O primeiro torneio de que participou tinha 1.200 competidores. “Fui campeão.” Não parou mais.

E o esporte não trouxe apenas medalhas e troféus. Também proporcionou experiências incríveis. Conheceu cerca de 50 países e diversas vezes chegou ao topo do pódio. O Campeonato Aberto na França, em 1959, teve um sabor especial. “Cheguei a final com o melhor do mundo que na época era o japonês Ichiro Ogimura. Já tinha jogado contra ele e perdido três vezes. Pensei que era a chance que eu tinha de ganhar do melhor do mundo. Depois de dois saques e dois pontos seguidos sem chance de defesa. Fui medalha de ouro.”

Mesmo com tantas conquistas, Betinho conciliou a carreira com a administração de uma empresa de borrachas ao lado da mulher Benedita Kurdoglian e dos três filhos: Roberto, Rose e Ricardo que seguiu os passos do pai e hoje é técnico de tênis de mesa. Apesar das dificuldades com a chegada da idade, Betinho ainda treina todas as quartas-feiras, em frente ao Clube dos Bagres. 

Betinho também anda feliz da vida com seu próximo compromisso. Ele foi convidado para participar de uma conferência de veteranos em Las Vegas, nos Estados Unidos, em março de 2018. “O tênis me trouxe amigos, me deu a oportunidade de conhecer vários lugares do mundo e tenho muito orgulho de minha trajetória até aqui.”

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Fonte: GCN.NET

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