Lígia Silva (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press) |
Lígia Silva é a atleta mais experiente do tênis de
mesa brasileiro. Aos 35 anos, a manauara já disputou três olimpíadas e entre
Jogos Pan-Americanos fez parte da equipe medalhista de prata em Toronto no ano
passado, melhor resultado da história da modalidade feminina do país. Apesar de
toda a sua vivência no esporte e de ser um dos exemplos para a nova geração,
Lígia não irá representar o Brasil na categoria individual do Rio 2016, mas
ainda possui chances de integrar o time brasileiro na categoria por equipes.
Mesmo se isso não se concretizar, a campeã latino-americana de 2006 assegurou
que o tênis de mesa verde e amarelo está em boas mãos para o maior evento
esportivo do planeta, mas mostrou ser realista exaltando a grande superioridade
chinesa frente às demais competidoras.
“A gente tenta sim fazer um
bom resultado, mas em termos de medalha é impossível. Temos que ir lá e mostrar
o porquê fomos para a primeira divisão mundial”, afirmou lembrando o título
brasileiro da segunda divisão neste ano.
Caroline Kumahara e Lin
Gui, chinesa naturalizada brasileira, irão representar o país na categoria
individual feminina do Rio 2016. Caroline atualmente treina no São Caetano e é
a mesa-tenista mais bem colocada no ranking mundial (119ª), já Lin Gui
concentra sua preparação para as Olimpíadas na Áustria, fato semelhante ao que
acontece com Hugo Calderano no masculino, que atua na Liga Alemã de Tênis de
Mesa com a camisa do Ochsenhausen. Segundo Lígia Neves, não é preciso ir ao
exterior para buscar uma evolução de rendimento, mas é extremamente importante
o intercâmbio de profissionais, fazendo com que os melhores venham ao Brasil e
ajudem no desenvolvimento da modalidade.
“Não acho muito abaixo
(competitividade no Brasil). Para ter um bom resultado não precisa treinar lá
fora. Temos que trazer para próximo da gente esses profissionais e evoluir o
esporte por aqui. Buscamos evoluir a cada ano, a cada competição e agregar o
máximo nos campeonatos. Fazer com que a gente possa ter oportunidade de jogar
com as melhoras jogadoras e vencê-las é o mais importante”, pontuou.
Por fim, Lígia também
valorizou o trabalho de Hugo Hoyama, que está à frente da Seleção Brasileira
feminina desde 2012. O maior nome da história do esporte no Brasil e que
conquistou 15 medalhas em Pan-Americanos tem elevado o nível de jogo da equipe,
tornando possível o país chegar a uma surpreendente medalha de bronze no
individual, em Toronto 2015, com Caroline Kumahara, além da prata por equipes
na mesma competição. Para Lígia, o mais importante do treinador e que tem
surtido muito efeito foi a capacidade de ele ter conseguido unir todas as
meninas, um fator psicológico diretamente relacionado ao desempenho das
atletas.
“Peguei três ou quatro
gerações já. O Hugo Hoyama fez uma coisa muito difícil que é unir a mulherada.
As vezes tem 20 meninas, mas ninguém é unido. Ele fez uma coisa quase inédita,
que foi unir a gente nas competições mais importantes. Hoje a gente olha para o
banco de reservas e vê nos olhos de cada uma que todas estão ali com o mesmo
objetivo, querendo fazer história. Ele agregou muito nessa parte de união,
porque a mulherada unida se torna muito mais forte. Ele só veio para somar e
olhar para o banco e ver o Hugo ali… é totalmente diferente a disposição, ele
vai querer ganhar também”, finalizou.
Fonte / Foto: A Gazeta Esportiva
Fonte / Foto: A Gazeta Esportiva
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